
Centenas de pessoas marcharam ontem, na cidade da Beira, contra a violência a mulher e rapariga no país. A acção marcou o encerramento das várias actividades levadas a cabo pela Muleide, Liga dos Direitos Humanos e confissões religiosas a nível daquela parcela do país, com o objectivo de desencorajar a violência e apelar à paz no país.
Carlota Inhamussua, coordenadora da Muleide, disse que, durante os 16 dias, foram desenvolvidas acções de sensibilização em empresas, escolas, comunidades, para desencorajar a prática da violência contra a mulher. A mesma ocasião, segundo Inhamussua, serviu para apelar à sociedade civil a manter a cultura da paz.
“Temos notado, nos últimos tempos, muitos casos de violência de vários tipos contra mulher e rapariga, actos condenados por todos nós. A violência psicológica tem sido a frequente, talvez porque o homem adoptou outra estratégia, de não agredir fisicamente, mas, sim, silenciar a mulher verbalmente”, disse.
A coordenadora da Muleide revelou que, de Janeiro até Novembro, o seu gabinete atendeu mais de 900 casos de violência contra mulher ou rapariga, o que, na sua óptica, constitui prova evidente de que a situação em Sofala é preocupante.