O primeiro-ministro da República Checa, Jiri Rusnok, foi apanhado por um microfone a queixar-se com palavrões por ter de ir ao funeral de Mandela.
A conversa com o ministro da defesa, Vlastimil Picek, aconteceu no Parlamento na sexta-feira e foi transmitida por um canal de televisão. «E agora, ainda por cima, Mandela morreu», lamentou o primeiro-ministro.
Quando o ministro da Defesa lembrou que o presidente da República Checo, Milos Zema, talvez não fosse à cerimónia, já que estava com uma lesão no joelho, o primeiro-ministro reagiu com desagrado «Até me arrepio só de pensar em ir», disse, chegando mesmo a utilizar palavrões para demonstrar o seu desagrado.
«Acho que ele [o Presidente Zeman] não vai conseguir ir de avião, estou f ***», disse.
O responsável político protestou ainda por a viagem ser muito longa e por ter já outros planos como almoço e jantar marcados. As declarações foram mal recebidas e espalharam-se pelas redes sociais.
A polémica levou mesmo, o gabinete do primeiro-ministro a emitir um comunicado em que pede desculpas pelas palavras. «Peço desculpa pelas palavras. Não foi justo utilizar tais termos e associá-los à morte de Nelson Mandela», disse, informando que ainda não há decisão sobre quem irá representar o país no funeral.