
O governo moçambicano, através do Ministério da Defesa Nacional, acusou, ontem, os “guerrilheiros da Renamo” de terem assassinado 10 pessoas e ferido 26, só nas últimas seis semanas.
A matança ocorre nos ataques a alvos militares e civis em vários pontos das províncias de Sofala e Manica, no centro do país.
O centro de Moçambique tem sido foco de violência armada, opondo o exército moçambicano e homens armados da Renamo e com ataques a alvos civis que o Governo atribui aos antigos guerrilheiros do movimento.
A tensão político-militar deteriorou-se após a ocupação, pelo exército, da base da Renamo em Santungira, distrito de Gorongosa, no dia 21 de Outubro do corrente ano, onde o antigo líder rebelde, Afonso Dhlakama, tinha estabelecido a sua residência há cerca de um ano, como forma de pressionar o governo a ceder às suas reivindicações.
Em conferência de imprensa sobre a situação militar no país, o director nacional de Política de Defesa no Ministério de Defesa Nacional (MDN), Cristóvão Chume, disse que a situação de segurança “continua preocupante na região centro e existe um certo escalar dos ataques da Renamo contra pessoas e bens”.
Só no último fim-de-semana, dois ataques vitimaram mortalmente duas pessoas, por sinal elementos das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique, causando igualmente ferimento de dois agentes daForça de Intervenção Rápida e um civil.
Os alvos militares, geralmente, são atacados a garantir segurança de colunas notroço Save-Muxúnguè, na Estrada Nacional número um.