
O Banco de Moçambique considera que a tensão militar e a insegurança pública que se registam no país não vão comprometer o crescimento económico para 2013 e os níveis de inflação de cinco e seis por cento previstos até Dezembro.
Segundo Waldemar de Sousa, administrador daquela instituição, a programação económica para este ano tem uma margem de tolerância a riscos imprevistos, pelo que a instabilidade político-militar e os raptos não vão afectar negativamente a economia.
“Todos os fenómenos a que estamos a assistir não concorrem para a instabilidade macroeconómica, se persistirem por um tempo razoável”, assegurou De Sousa, para quem “o que está projectado na nossa economia, este ano, tem um nível de tolerância de riscos que não pode ser extravasado no tempo”.
Isto é, os cálculos feitos para os níveis de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de inflação e de outros indicadores macroeconómicos já contavam com situações não previstas, como as que se estão a verificar.
Contudo, o administrador do Banco Central reconhece que “a livre circulação de pessoas e bens é um elemento essencial para que haja tranquilidade por parte dos investidores, pelo que, se esta for ‘beliscada’, nos vamos ressentir dos efeitos”.
O porta-voz do Banco Central falava esta terça-feira na apresentação da conjuntura económica e perspectivas de inflação do terceiro trimestre de 2013.