Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013
O ministro da Educação, Augusto Jone, diz ter recebido denúncias em Dezembro de 2012 e, em seguida, accionou o Gabinete Central de Combate à Corrupção e a Inspecção-Geral das Finanças para apurar os factos.
Como resultado da investigação, pelo menos três funcionários foram suspensos do Ministério da Educação em conexão com o caso, e aguardam pelo desfecho do processo:“Recebi a denúncia em Dezembro do ano passado e decidi convocar o gabinete Central de Combate à Corrupção para apurar a verdade, e as investigações já estão num ritmo acelerado. Já há funcionários que são indiciados de estarem envolvidos no esquema e foram isolados do sistema para esclarecimentos do caso e, em seguida, o processo irá obedecer aos trâmites legais”, esclareceu o dirigente.
Segundo Augusto Jone, a fraude consistia na alocação de valores que rondavam os 85 mil meticais, a título de salários, a funcionários que auferiam cerca de 25 mil meticais desde 2006, totalizando cerca de 144 milhões de meticais, qualquer coisa como 4.8 milhões de dólares.
A fraude era feita através de duplicação de folhas de salário e os dinheiros eram drenados para contas paralelas dos funcionários envolvidos.
“Estranhamente, tínhamos funcionários a auferirem um determinado valor, mas, por via de duplicação de salários, os mesmos auferiam valores elevados, chegando até a atingir entre os 85.000 e 100.000 meticais. Estes valores eram desviados para contas paralelas e para contas ainda que pertenciam a indivíduos que faziam parte do Ministério da Educação”, concluiu Jone.
O mesmo avança que as investigações, com vista aoapuramento dos factos, já estão numa fase adiantada e que tudo se deve à colaboração dos funcionários do MINED.
Recorde-se que com 144 milhões de meticais, valor desviado dos cofres do MINED desde 2006, é possível erguer uma escola secundária de raiz, com mais de dez salas.