Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2013
Algumas semanas após a interrupção de praticamente toda a actividade comercial na baixa da cidade de Xai-Xai, capital provincial de Gaza, como medida de precaução face às ameaças das cheias naquela parte da cidade, o comércio formal retomou ontem, reporta hoje o diário Notícias de Maputo.
A medida, de acordo com fontes municipais, surge em resposta à pressão que vinha sendo feita nos últimos dias pelos agentes económicos locais ansiosos em relançar os seus negócios depois da paragem imposta por aquele fenómeno da natureza.
Os comerciantes reatam o trabalho numa altura em que continua em vigor o alerta vermelho decretado pelas autoridades governamentais.
Aliás, os mesmos operadores económicos têm igualmente a convicção de se estar ainda em plena época chuvosa, daí a necessidade de serem tomadas todas as precauções de forma a se evitarem eventuais problemas.
Numa ronda pela cidade, a reportagem do Notícias diz ter observado a presença de um movimento desusado de camiões transportando mercadoria diversa, tendo em vista o reatamento da actividade a todo o gás para o alívio dos citadinos que se viam obrigados a encontrar alternativas para a satisfação das suas necessidades básicas em alimentos e outras, recorrendo a estabelecimentos improvisados, na zona de Tavene e Xiquelene.
Alguns operadores ouvidos pela nossa Reportagem a propósito do retorno das actividades reconheceram estarem a assumir este seu posicionamento cientes dos riscos, e desafios impostos pela natureza, mas que algo devia ser feito para não se matar a economia.
“ Como todos puderam ver ao longo de todo este período de total estagnação, para além de termos perdido muito dinheiro, os consumidores foram penalizados, porque alguns oportunistas que durante esta fase assumiram o monopólio, enveredaram pela especulação de preços”, disse José Matavel, comerciante em exercício na zona da Pontinha.
Entretanto, depois de três dias de trabalho árduo, a empresa FIPAG restabeleceu ontem em pleno o fornecimento da água à parte baixa para que as pessoas regressem com garantias da água potável, de forma a se evitar um eventual surto de doenças de origem hídrica.