Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2013
A empresa dos Transportes Públicos da Beira (TPB) está a atravessar uma crise no seu funcionamento, com a redução da sua frota, de 22 autocarros para sete, cobrindo 12 rotas dentro da cidade, bem como três reservados para as linhas Beira-Dondo, Beira-Mutua e Beira-Savane e vice-versa. Esta grave crise torna os munícipes cada vez mais dependentes dos transportes semi-colectivos de passageiros “chapas”, os quais, além de insuficientes para a satisfação das necessidades da cidade, apresentam graves problemas de organização, sendo o mais gritante o de encurtamento de rotas.
Os TPB, por causa da redução da frota, deixaram de explorar as linhas internas da Ponta-Gêa, Muchatazina e bairro Bambu.
Esta informação foi dada a conhecer pela administração dos TPB ao governador de Sofala, Félix Paulo, que ontem visitou a transportadora rodoviária pública, que também presta o serviço inter-urbano, nas rotas Beira-Quelimane, Beira-Tete e Beira-Maxixe.
Conforme o presidente do Conselho de Administração (PCA) da referida firma, João Andrade, aliado à insuficiência dos meios de transportes, decidiu-se interromper a exploração das rotas de Nhangau, na Beira e Savene, no distrito do Dondo.
Andrade disse que neste momento aquela empresa pública necessita de 71 autocarros para cobrir em pleno a rede urbana e peri- urbana, contra os 22 machimbombos disponíveis, 12 dos quais é que estão operacionais.
“O mau estado das vias de acesso contribui bastante na danificação dos nossos autocarros, cujos acessórios, para garantir a revisão e reparação, são difíceis de adquirir no mercado nacional. Por isso temos mais de 20 machimbombos imobilizados” – referiu Andrade.
“Os autocarros que temos estão cansados, por muito que os mecânicos façam alguma coisa para continuarem a operar, o resultado tem sido de pouca dura, por um lado e, por outro, os machimbombos andam sempre superlotados por causa da procura” – reforçou Francisco Armando Duarte, um dos trabalhadores presente no encontro com o governador de Sofala.
O PCA da TPB avançou que a empresa assinou um contrato programa com o Governo central a vigorar de 2013 à 2016, visando o reforço da frota e outros meios de trabalho.
A ser concretizado o contrato, segundo João Andrade, vai permitir o aumento do número de passageiros à transportar e consequentemente aumento da receita e minimização do défice orçamental.