VINTE e dois indivíduos foram detidos e conduzidos à barra do tribunal em conexão com a sua participação em 11 casos de sequestros registados no ano passado nas cidades de Maputo e Matola.
Os dados vêm contidos num relatório do Comando Provincial da Polícia em Maputo apresentado no decurso da reunião do Conselho Coordenador realizado há dias no Município da Matola.
No encontro, o quinto do género, com o objectivo de traçar estratégias com vista ao combate e prevenção de crimes violentos, com maior enfoque para roubo, sequestros e violação sexual contra crianças e mulheres, foi avançado que nove dos 11 casos de sequestros é que foram esclarecidos.
Na ocasião, o Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, desafiou a Polícia da República de Moçambique (PRM) a melhorar a sua prontidão combativa e a investigação criminal de modo a estancar a onda de raptos que movimentam avultadas somas de dinheiro e deixam graves sequelas nas vítimas.
“No seu próprio seio exige-se da PRM a purificação contínua das fileiras de modo que a Polícia seja eficaz, exemplar e motivo de orgulho do nosso povo. Não podemos admitir a existência de polícias envolvidos com as teias do crime”, exortou o governador.O comandante provincial da PRM, Jeremias Malhaieie, falou das limitações legais que colocam em dilema a Polícia sobre os procedimentos, num caso em que uma vítima tenha sido resgatada do cativeiro e dias depois, na via pública, vê o seu raptor e confronta a Polícia sobre a permanência deste no convívio social.
“Como explicar a vítima e à sociedade que a Polícia precisa cumprir determinadas formalidades para poder prender essa pessoa, mesmo nessas circunstâncias? Os desafios que nos esperam são maiores e exigem de nós melhor organização e colaboração com os demais órgãos de administração da justiça, assim como com as comunidades de modo a aumentar o nível de sentimento de segurança”, explicou o comandante.
A recolha de sucatas e/ou viaturas abandonadas na via pública arranca esta semana, mais de um ano depois do anúncio da medida pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo.
O vereador de Transportes e Trânsito no Município de Maputo, João Matlombe, apelou aos proprietários de sucatas para tomarem com seriedade a advertência da edilidade nesse sentido, de forma a evitarem prováveis transtornos resultantes do processo de remoção.
Recordou que inicialmente a ideia era levar a cabo a acção no ano passado mas, porque a medida coerciva prejudicaria a muitos munícipes, foi protelada, tendo então as autoridades optado pela sensibilização para permitir que sejam os próprios donos a remover as sucatas ou os carros em estado de abandono, uma situação que mancha a estética da cidade.
É ainda dentro da delicadeza do problema, adianta a nossa fonte, que o Conselho Municipal decidiu colocar um anúncio publicitário no matutino “notícias”, na sua edição de sexta-feira, pedindo aos citadinos para denunciarem a existência de focos de sucatas e de viaturas em estado de abandono ou ainda para apresentarem reclamações por os seus bens terem sido removidos, alegadamente sem razão para o efeito.
O vereador precisou que tudo está acautelado para que a retirada desses bens das estradas inicie esta semana, devendo terminar só quando não houver mais alguma viatura abandonada ou sucata na urbe.
De acordo com o Conselho Municipal as sucatas serão imediatamente destruídas e as viaturas abandonadas poderão ser reclamadas pelos legítimos proprietários num prazo máximo de 90 dias, findos os quais serão colocadas em hasta pública.
A recolha de sucatas e/ou viaturas abandonadas tem por objectivo aliviar a via pública, uma vez que a sua permanência nesses espaços choca com a postura camarária.
Além do factor estético, os carros e carcaças obstruem a via pública e reduzem a capacidade de mobilidade e de estacionamento de veículos, complicando ainda mais a vida dos automobilistas e de peões na capital.
Para este trabalho, o município contratou ano passado os serviços de um operador privado que deve, como condição, possuir meios materiais à altura de remover carros de grande tonelagem, tais como os estacionados há anos na avenida de Moçambique, na zona de 25 de Junho.
DEZ mulheres morrem diariamente em Moçambique por inalar fumo de cozinha, segundo a Livaningo, organização não-governamental criada com o objectivo de melhorar a vida das comunidades de baixa renda.
Com efeito, a agremiação organizou uma marcha para promover o uso de energia limpa e redução do uso da lenha e carvão, que podem contribuir sobre maneira para a redução de poluição ambiental.
Segundo Domingos Panguene, coordenador de programa na área de energia e mudanças climáticas na Livaningo, o projecto tem por objectivo engajar, mobilizar e sensibilizar a juventude e a sociedade, em geral, a usar e adoptar alternativas novas na cozinha doméstica.
Acrescentou que em Moçambique, por exemplo, mais de 75 por cento da população depende fundamentalmente de energias de biomassa para cozinhar, lenha e carvão, e isso tem custos económicos, sociais e ambientais.
“Se olharmos para o custo ambiental, é que as florestas estão acabar, daí que a lenha e o carvão que a cidade de Maputo usa provem há 400 quilómetros porque as matas das proximidades já foram devastadas”, disse.
O nosso interlocutor precisou que devido à destruição massiva das florestas e à longa distância dos principais centros de produção, o custo de carvão nos últimos quatro anos duplicou em mais de 200 por cento.
“Em 2011 um saco de carvão de 60 quilogramas era vendido a 400 meticais, mas nos últimos tempos o preço subiu para 850 a 1200 meticais. A Livaningo vem demonstrar que o uso de fogões melhorados é uma das alternativas para reduzir a vulnerabilidade da população”, afirmou.
Panguene realçou que um dos grandes desafios na área das mudanças climáticas é o acesso à energia limpa e sustentável, visto que a principal causa deste fenómeno são as emissões provocadas, na sua maioria, pelas grandes indústrias e destruição das florestas.
Ele disse que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a poluição doméstica nos últimos cinco anos matou mais que a malária, isto é, mais de sete milhões de pessoas morreram em África e Ásia.
A Livaningo está a implementar este programa desde 2011, no âmbito de promoção de energias novas e renováveis, no contexto das mudanças climáticas, visto que Moçambique ocupa o sexto lugar nos países vulneráveis.
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