Sexta-feira, 25 de Julho de 2014
Um grupo de vendedores de rua nas imediações do mercado municipal do Maquinino na cidade da Beira, provocaram na manhã de ontem uma desordem quando resistiam a uma ordem das autoridades municipais no sentido de abandonarem aquele lugar para ocuparem as bancas existentes no interior do mesmo.
Os vendedores incendiaram pneus no meio das vias, obstruindo parcialmente o tráfego de viaturas e pessoas numa acção que justificaram ser contra uma ordem anti-social. Teve que haver uma forte intervenção policial para controlar os ânimos dos manifestantes.
A questão colocada pelas autoridades municipais é que abandonassem as ruas para venderem num lugar seguro, neste caso no mercado paralelo do Goto, situado a sensivelmente 300 metros do local.
Os vendedores ficaram pé afirmando que a rua é o local ideal, porque a clientela já estava habituada e que o local que se propõe é inóspito.
Um bebé de apenas um dia de vida desapareceu, na última quarta-feira (23) , no Hospital Provincial de Cabo Delgado em circunstâncias ainda não esclarecidas. O facto ocorreu por volta das 06h00 da manhã, quando a mãe, de nome Lídia Samuel, de 17 anos, recebeu visita de uma cidadã, diga-se, desconhecida, que se suspeita ser quem terá levado consigo o recém-nascido, quando a mãe pretendia ir à casa de banho.
No regresso, não encontrou o seu bebé e foi informada que a referida cidadã havia saído com o bebé. “Eu precisava de ir à casa de banho e ela disse que podia ficar com o meu bebé, mas quando voltei não encontrei nem o bebé, nem a senhora”, disse Lídia Samuel.
O director clínico do Hospital Provincial de Cabo Delgado, Armando Meque, disse que a “parturiente” deu entrada no dia anterior com complicação de parto, tendo sido submetida à cesariana e a criança nasceu em bom estado de saúde.
“Quando nos apercebemos do desaparecimento do bebé, fizemos diligências, chamamos a Polícia, tentamos procurar, mas não tivemos sucesso. O que apurámos é que apareceu uma senhora no quarto e a mãe do bebé queria ir ao balneário, tendo a visitante dito que podia ficar com a criança. Só que, quando ela regressou, não encontrou o seu bebé e as companheiras do quarto disseram que a tal senhora havia acabado de sair com a criança”, anotou o director clínico.
Curiosamente, mesmo com a presença de visitantes, companheiras do quarto e circulação de pessoal médico, a cidadã em causa não se intimidou e tratou de pôr em marcha o seu plano.
O agravante é que o Hospital Provincial de Cabo Delgado não dispõe de câmaras de segurança para vigiar o movimento de pessoas.
Meia centena de casas no bairro de Ndlavela, município da Matola, em Maputo, continuam submersas nas águas das chuvas que caíram em Janeiro e início de Fevereiro do presente ano. A situação afecta dois quarteirões do bairro e as populações estão agastadas com o problema.
Trata-se de um problema já antigo, tal como explicaram os moradores, mas nunca tinha atingido as proporções actuais. As populações apontam a falta de um sistema de drenagem como sendo a causa do problema que já está a criar um impacto negativo nos moradores.
Aliás, tentaram abrir uma valeta, mas revela-se insuficiente para fazer face às inundações. Neste momento, parte das casas encontra-se em perigo. Os quintais estão alagados. Charcos tomaram conta de todas as ruas e transformaram-se incubadoras de mosquitos.
“As nossas crianças não têm onde brincar. Os quintais estão alagados. Estamos a sofrer. Todos os dias somos diagnosticados malária no hospital, cólera, até outras doenças relacionadas com estes problemas”, desabafa Florinda Marcos, uma das residentes do bairro que falou ao nosso jornal.
Florinda acredita que o problema foi agravado por causa de construções desordenadas que de algum tempo para cá foram surgindo no bairro. “Esta é uma zona baixa. E as pessoas fecharam o curso normal de água. As nossas casas é que sofrem. Tentámos abrir uma vala de drenagem para ver se minimizávamos o problema, mas os outros, no quarteirão lá de cima, fecham. As águas não têm como correr”, explica.
Para esta, a melhor solução seria uma intervenção urgente do Conselho Municipal da Matola, no sentido de abrir uma vala de drenagem mais eficiente. Entretanto, outros moradores dizem que a melhor solução seria mesmo um reassentamento, olhando para o nível dos problemas.
“Os solos já não aguentam escoar as águas. Para já, seria melhor se o município nos tirasse desta zona para uma outra melhor. Estamos dispostos a sair”, disse José Langa.