Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2014
A polícia sul-africana usou balas de borracha e bombas de efeito moral contra seguidores do ANC, o partido do falecido Nelson Mandela, que está no poder há 20 anos, e opositores que protestavam contra o desemprego.
A manifestação, convocada pela oposição liberal, a Aliança Democrática, reuniu simbolicamente 6.000 militantes em Joanesburgo para ironizar os seis milhões de empregos prometidos pelo ANC (Congresso Nacional Africano), perto da sede do partido governante.
Militantes do ANC arremessaram coquetéis molotov e pedras contra a polícia e aos integrantes da Aliança Democrática. A polícia respondeu com balas de borracha e bombas de efeito moral, perseguiu jovens militantes do ANC e formou um bloqueio entre os dois grupos.
“A manifestação era bastante pacífica até que (os militantes do ANC) começaram a atirar pedras e coquetéis molotov”, declarou o porta-voz policial Katlego Mogale.
Depois de tentar, em vão, proibir a manifestação da oposição na justiça, o ANC convocou uma contra-manifestação.
A Amnistia Internacional (AI) denunciou, ontem, que as Forças Internacionais de paz não conseguiram evitar uma “limpeza étnica” de civis muçulmanos no oeste da República Centro-Africana (RCA). A ONG defensora dos direitos humanos fez um pedido para que as comunidades muçulmanas fossem protegidas das milícias Antibalaka - formadas por civis cristãos - acusadas por aquela organização de “violentos ataques”.
Em comunicado, a AI pediu que “as forças de paz internacionais forneçam tropas suficientes aos povoados onde os muçulmanos se encontram ameaçados”. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, falou - pela primeira vez desde o início da crise, em 2013 - da possibilidade de o país ser dividido em dois territórios: um católico e outro muçulmano.
Dos ataques, tem resultado “um êxodo muçulmano de proporções históricas”, disse Joanne Mariner, conselheira para situações de crise da AI. Além disso, Joanne criticou a “resposta tíbia” da comunidade internacional a esta crise, pois, segundo avaliou, as forças de paz foram reticentes em desafiar as milícias Antibalaka e reagiram com lentidão na hora de proteger a minoria muçulmana. As forças de paz “facilitaram a violência em alguns casos, ao permitirem que as abusivas milícias Antibalaka preenchessem o vazio de poder”, criticou Donatella Rovera, outra especialista em crises da AI.
A República Centro-Africana mergulhou no caos desde que, em Março de 2013, a coligação Séléka, de maioria muçulmana, derrubou o governo do país, maioritariamente cristão, desencadeando uma espiral de violência sectária, que já causou milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.
A delegação da AI falou com centenas de vítimas da violência e documentou ataques repetidos e em larga escala das milícias Antibalaka contra civis muçulmanos em Bouali, Boyali, Bossembélé, Bossemptélé, Baoro, Bawi e na capital, Bangui.
Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014
Cerca de 40 viaturas foram apreendidas pela Polícia do Comando Provincial de Maputo por uso de vidros escurecidos, vulgarmente conhecidos por fumados, e falsificação dos livretes respectivos. A maioria das viaturas é de uso particular e foi apreendida por uso de vidros “fumados” sábado e domingo. A operação, denominada “limpeza”, iniciada no último sábado e sem data prevista para a conclusão, visa combater a alteração das características dos veículos sem autorização das autoridades, segundo o porta-voz do Comando Provincial de Maputo, Emídio Mabunda.
As viaturas estão parqueadas no Comando Provincial de Maputo, localizado no Bairro Fomento, e outras nas esquadras locais daquele município. Além de apreender as viaturas, a PRM aplicou as multas de mil meticais aos respectivos condutores.