Afonso Dhlakama responsabiliza os “radicais da Frelimo” pelo assassinato do constitucionalista Gilles Cistac e diz que a Renamo vai se vingar do crime. O líder da Renamo não tem dúvidas de que o assassinato de Cistac esteja relacionado com os pronunciamentos públicos do académico sobre a constitucionalidade das províncias autónomas.
O presidente do MDM, Daviz Simango, também considera que o assassinato do Professor Catedrático não passa de uma encomenda de uma elite política moçambicana que se sentia incomodada com as opiniões da vítima, em matérias constitucionais e administrativas.
Já o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Gilberto Correia, teme que o país esteja a caminhar para uma fase em que o “pensar diferente” pode levar à morte.
Os Estados Unidos da América (EUA) pediram ontem, ao governo moçambicano uma investigação "exaustiva e transparente" ao assassinato do constitucionalista Gilles Cistac e ainda que os responsáveis por "crime tão hediondo" sejam rapidamente levados à justiça.
"Os EUA condenam veementemente o violento assassinato do professor catedrático moçambicano Gilles Cistac", pode ler-se num comunicado da embaixada norte-americana, que recorda o académico franco moçambicano como um homem que "ensinou várias gerações de estudantes de Direito e contribuiu para o desenvolvimento democrático de Moçambique".
No texto são, igualmente, recordados pronunciamentos dos líderes moçambicanos, no sentido de que "todos os cidadãos, organizações, partidos e vozes possam exercer plenamente o seu direito constitucional a se expressarem e fazerem-se ouvir", considerando que essa é uma questão "crucial", na medida que "moçambicanos de diversas proveniências se juntam na construção de um futuro são, inclusivo e próspero para todos".
A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) manifestou-se "revoltada e indignada" com o homicídio do constitucionalista franco moçambicano Gilles Cistac, exigindo às autoridades competentes que responsabilizem os "autores de tão vil acto".
"Estamos indignados e muito revoltados", sublinha a OAM, em comunicado, descrevendo Gilles Cistac como "um acérrimo defensor do Estado de Direito e da democracia".
A OAM garante ainda que vai acompanhar de perto toda a investigação ao assassínio do constitucionalista e apela às autoridades para que "tomem todas as medidas necessárias para identificar os autores".
Na semana passada, o académico anunciou que ia processar um homem que, através da rede social facebook e com o pseudónimo Calado Kalashnikov, acusou Cistac "de ser um espião francês que obteve nacionalidade moçambicana de forma fraudulenta".
A delegação da Renamo nas negociações com Governo, exige que seja colocada a fotografia do seu líder e a bandeira do partido, na sala de imprensa, do Centro de Conferências Joaquim Chissano, quando chegar a sua vez de falar aos jornalistas, e mandou retirar a foto oficial do Presidente da República Filipe Nyusi, em face das suas contestações aos resultados eleitorais.
O chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana disse que, "A delegação da Renamo está aqui em representação do seu presidente Afonso Dhlakama e o que devia ser, em rigor, quando chegar o nosso tempo de falar, devia estar aqui a fotografia do senhor presidente Afonso Dhlakama e a bandeira da Renamo, a quem representamos. É esta cara que tem que estar ao nosso lado, para podermos dignificar que estamos a representá-los", respondeu Macuana.
Por seu turno, o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, repudiou a atitude da perdiz, considerando-a de ultrajante e reiterada contra a figura do Presidente da República.
Refira-se que o assunto do dia era o prazo de prorrogação da missão de observadores internacionais da Equipa Militar de Cessação das Hostilidades Militares e os mecanismos de integração, enquadramento e reinserção dos homens da Renamo.
O jurista e ex-deputado da Bancada Parlamentar da Frelimo, Teodoro Wate, lamenta a morte de Gilles Cistac e considera que fragiliza, mas não vai ameaçar a liberdade de expressão no país.
Segundo jornal O País, o Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Tomas Timbana, também condenou o assassinato de Gilles Cistac e disse que a Ordem vai se preparar para tomar um posicionamento em torno deste crime.
A chefe da Bancada Parlamentar da Renamo, Ivone Soares, considera uma ameaça ao Estado de Direito o assassinato bárbaro do constitucionalista Gilles Cistac. Num mesmo sentimento de repúdio, falou o porta-voz do MDM, Fernando Bismarque, que considerou uma vergonha nacional o homicídio do jurista Gilles Cistac, e exige que se faça justiça.
. Cidadão suicida-se no cem...
. Desmaios frequentes agita...
. “Regime da Frelimo será j...
. Monteiro arruma tabuleiro...
. Corrupção desvia pelo men...
. Frangoulis diz que Procur...
. Partido Frelimo afasta-se...
. Dhlakama anuncia para Abr...
. Nyusi reitera compromisso...
. A reacção da única filha ...