Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2013
O número de transportadores interprovinciais de passageiros Beira-Maputo e vice-versa reduziu drasticamente desde que os ataques iniciaram no troço Save-Muxúnguè, entre as forças governamentais e homens armados da Renamo.
Além de temerem ataques dos homens armados da Renamo no troço Save-Muxúnguè, os transportadores interprovinciais Beira-Maputo e vice-versa afirmam que a redução de autocarros também se deve à escassez dos passageiros.
João Alfredo, um dos cobradores de uma transportadora Beira-Maputo, disse que o seu patrão retirou um dos carros novos com medo de ataque, pois, segundo ele, ninguém poderia responsabilizar-se pelos possíveis danos decorrentes dos ataques. “Ele tirou da praça um dos seus novos carros com medo que fosse atacado no troço Beira-Maputo e vice versa. Pensa ele que, caso isso venha acontecer, ninguém poderá repor os danos e achou melhor parquear o seu carro”, afirmou.
Já Amândio Vilanculos, cobrador da transportadora que faz carreira Beira-Vilanculo e vice-versa, disse também que o número de passageiros diminuiu em consequência dos ataques em Muxúnguè. “Tínhamos muitos carros na praça, mas, desde que começaram confrontos em Muxúnguè, o número de passageiro reduziu e os nossos patrões também reduziram o número de transportes, porque não há lucro viajar com poucos passageiros. Já não temos muitos carros que viajam para Vilankulo e Maxixe, porque os passageiros têm medo e nós também não podemos fazer longo percurso com poucas pessoas”, referiu.
Mikhail Kalachnikov
O inventor da espingarda automática AK-47, Mikhail Kalachnikov, morreu esta segunda-feira aos 94 anos, anunciou a agência russa Itar-Tass, citando um porta-voz das autoridades da região de Udmurtia, nos Urais.
O inventor da Kalachnikov, da qual foram produzidas 100 milhões de exemplares em todo o mundo, tinha sido hospitalizado várias vezes nos últimos meses.
Viktor Tchulkov, porta-voz das autoridades da região de Udmurtia, disse à agência France Presse que Kalachnikov morreu cerca das 15h00 locais (17h00 em Maputo). Tinha deixado de trabalhar em 2012 devido a problemas de saúde, nomeadamente, cardíacos.
Kalachnikov, um dos russos mais conhecidos no mundo e uma das pessoas mais condecoradas no seu país, praticamente não beneficiou da sua invenção, ao serviço das forças armadas de mais de 80 países.
A emblemática espingarda de assalto AK-47, conhecida pelo nome do seu criador, continuará provavelmente por algum tempo a ser a arma mais comum no planeta. O seu inventor calculava serem de contrabando pelo menos metade das ‘kalachnikov’ produzidas e que acabaram caindo nas mãos de terrorista e criminosos.
“Construi armas com o objectivo de defender a nossa sociedade”, sublinhou no seu 90.º aniversário, mas reconheceu: “não é agradável ver toda a espécie de criminosos dispararem com as minhas armas”.
Nascido a 10 de Novembro de 1919 numa pequena aldeia da Sibéria, Mikhail Kalachnikov foi deportado aos 11 anos, dado a família, considerada de ‘camponeses ricos’ (kulak), ter sido vítima da repressão estalinista. Um dos seus irmãos foi para um ‘gulag’.
Até à ‘perestroika’ de Mikhail Gorbachev, o general Kalachnikov, delegado nos congressos do Partido Comunista da ex-URSS, manteve o silêncio, mesmo em família, sobre ‘estes terríveis segredos’.
Domingo, 22 de Dezembro de 2013
O comandante do avião da LAM que se despenhou na Namíbia no final de novembro precipitou "intencionalmente" o aparelho contra o solo, provocando 33 mortos, revelou o inquérito preliminar divulgado este sábado.
As caixas negras do avião comprovam que o comandante Hermínio dos Santos Fernandes tinha a "intenção clara" de fazer despenhar o avião que pilotava, indicou em conferência de imprensa João de Abreu, presidente do Instituto moçambicano da aviação civil.
As investigações preliminares à queda do Embraer da companhia de bandeira moçambicana LAM, em dia 29 de novembro, já tinham descartado a possibilidade de falhas mecânicas terem originado o desastre.
Na ocasião, João de Abreu, assegurou que os elementos retirados das caixas negras e do local do acidente, na Namíbia, revelaram a inexistência de falhas mecânicas no aparelho.
O acidente ocorreu na floresta da zona fronteiriça entre a Namíbia e o Botsuana, matando todas as 33 pessoas que nele viajavam - 27 passageiros e seis tripulantes.